segunda-feira, 31 de julho de 2017

Preso na Lava Jato, Aldemir Bendine tem mais de R$ 3 milhões bloqueados

Bendine teria recebido o valor em propinas pegas pela Odebrecht
Valter Campanato / Agência Brasil
O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, preso nessa quinta-feira (27) na 42ª fase da Lava Jato, denominada Operação Cobra, teve R$ 3.417.270,55 bloqueados. O informe do Banco Central do Brasil foi apresentado nesta segunda-feira (31) à Justiça Federal do Paraná. O bloqueio do montante havia sido determinado pelo juiz Sérgio Moro. O valor é referente à quantia que Bendine, quando à frente da estatal, teria recebido de propina da Odebrecht. 

Os pagamentos, segundo a força-tarefa da Lava Jato, ocorreram em 2015, nos dias 17 e 24 de junho e 1º de julho pelo Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas da empreiteira que abasteceu centenas de políticos. 

 "Apesar de sustentar que os R$ 3 milhões pagos em São Paulo são lícitos e se referem à consultoria prestada pela MP Marketing, Planejamento Institucional e Sistema de Informação Ltda à Odebrecht, André Gustavo faz questão de registrar que seu irmão Antônio Carlos, alvo da Operação Xepa, 'desconhece os fatos completamente e não possui qualquer responsabilidade no recebimento de tais valores', o que causa estranhamento, pois Antônio Carlos também é sócio da MP Marketing, Planejamento Institucional e Sistema de Informação Ltda e seria natural que estivesse a par de um contrato de consultoria com valor tão expressivo", afirma a Lava Jato. "A empresa MP Marketing de André Gustavo claramente não tem atividade e foi criada apenas para emissão de notas relacionadas a contratos fictícios de recursos de origem criminosa."

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