O Juiz Adeildo Nunes, da Primeira Vara das Execuções Penais, define a situação como uma "excrescência" e "uma vergonha para Pernambuco" |
Segundo parentes dos presos entrevistados pelo jornal O Globo do Rio de Janeiro, os “presos carcereiros” também praticam uma série de abusos: agiotagem, extorsões, pedágios e comandam espancamentos. Chegam até a cobrar pelo uso do chão, onde há disputa de espaço devido à lotação quase três vezes superior à capacidade. Também participam de exploração de cantinas no interior do presídio, que, segundo agentes penitenciários, se transformam, muitas vezes, em ponto de venda de drogas. Não há qualquer lei que regulamente a presença desses “agentes” dentro dos presídios e das penitenciárias. Mas a prática, mesmo não prevista na legislação, é institucionalizada. O superintendente de Segurança Penitenciária, coronel Francisco Leal Duarte, diz que os “chaveiros” são um mal necessário. Já a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário de Pernambuco denuncia que eles estão desempenhando o papel que deveria caber aos agentes penitenciários, cuja quantidade vem sendo reduzida à medida que a população carcerária aumenta. (Publicado em O Globo)
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