Pelo menos 300 mil famílias baianas perderão o benefício da Tarifa Social de Energia da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) a partir deste mês. O fenômeno é resultado da determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de que todos os clientes residenciais com consumo acima de 65 kWh precisavam se recadastrar até o último mês de agosto para ter direito ao benefício que concede descontos de até 65%.
O problema é que, para os consumidores se recadastrarem, são obrigados a atender a algumas determinações novas. “Antes, os critérios era a faixa de energia consumida. Agora, além disso, é necessário ter renda mensal de até meio salário mínimo e número de inscrição social do governo federal (NIS)”, explicou a gerente de atendimento da Coelba, Marilane Silva.
Segundo ela, as mudanças vêm sendo divulgadas por meio de campanhas, avisos na conta de energia e na imprensa desde novembro do ano passado. O comerciante Mário Pires Santos, 52 anos, reclamou da mudança. “Estão achando que, com um salário mínimo, dá para pagar uma conta de R$ 70”, lamentou ele, que, a partir do mês de outubro, já deve pagar 65% a mais em relação à conta deste mês. O comerciante tem três filhos e a esposa dele está desempregada há dois anos.
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