sábado, 29 de setembro de 2012
Há 20 anos, "caras pintadas" invadiam as ruas do País pedindo a saída de Collor
Há 20 anos, estudantes do antigo Segundo Grau (hoje Ensino Médio) e universitários saíram pelas ruas de todo o País vestidos de preto, com as caras pintadas de verde e amarelo, gritando "Fora Collor". Acreditavam que iam derrubar o primeiro presidente eleito no grito e comemoraram quando a Câmara dos Deputados aprovou o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello.
Meses depois, antes que o Senado Federal julgasse o impedimento do presidente, Collor deixaria o Palácio do Planalto em uma tentativa de renúncia frustrada. Os caras pintadas sairiam novamente pelas ruas, comemorando o amadurecimento da democracia e a conquista popular.
Marcus Barreto tinha apenas 15 anos quando a "onda de denúncias" contra o ex-presidente se espalhou. Com o espírito critico que diz ter herdado do pai, saiu pelas ruas de Salvador (BA) pedindo que o presidente deixasse o Palácio do Planalto. Marcus se orgulha de ter participado do movimento, mesmo consciente de que não foram os caras pintadas que derrubaram Collor.
— Fui fazer o circuito do carnaval daqui de Salvador, do Campo Grande à Praça Castro Alves, com milhares de pessoas, todos de camisetas pretas e com os rostos pintados. Ao invés de trios elétricos e alegria, eram carros de som, e nós, indignados, gritando palavras de ordem como "Collor ladrão!" ou "Fora Collor". Aquilo que estava acontecendo era, literalmente, a história sendo construída diante de meus olhos.
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