segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Terra de Ninguém: Propinas variavam entre R$500 e R$ 10 mil, aponta PF

Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Durante as investigações da Operação "Terra de Ninguém" (veja aqui) a Polícia Federal identificou seis funcionários da Gerência Regional baiana da Agência Nacional de Mineração (ANM) que recebiam propina, que variavam de R$ 500 a R$ 10 mil, para priorizar o andamento de determinados processos administrativos. Conforme a PF, os técnicos das empresas intermediavam os pagamentos ilegais.

Segundo o delegado Fernando Berbert, responsável pela ação, a nomeação para os cargos são feitas por grupos políticos, o que leva a crer que há vinculação, mas até o momento não foram identificados nomes.

Pelo menos 130 processos administrativos foram apreendidos e foi identificado o envolvimento de 10 empresas até o momento, de acordo com a PF em coletiva nesta segunda-feira (28). As investigações vão seguir com a análise de documentos e oitiva de testemunhas.

Durante a operação, foram cumpridos quatro pedidos de prisão preventiva e seis temporárias. Na casa de um dos funcionários foram apreendidos R$ 48 mil, US$ 3,5 mil, e € 2 mil.

Um grupo de empresários denunciou a agência sob o argumento de que para ter processos analisados precisavam pagar para que os servidores acelerassem o trâmite.

A Polícia Federal garantiu que nenhum dos casos investigados envolvia minas de grande proporção e que ofereciam riscos como a barragem que rompeu em Brumadinho. 

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