Foto: Reprodução / Ricardo Antunes |
Após meses de negociação, o ex-ministro Antonio Palocci firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). Com o avanço do processo nos últimos dias, os investigadores fixaram as bases dos benefícios que serão concedidos a Palocci e concluíram a fase de depoimentos. A colaboração, no entanto, ainda não foi homologada pela Justiça. Além de ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministro da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff (PT), Palocci é um dos fundadores do PT e foi prefeito de Ribeirão Preto.
Em junho do ano passado, ele foi condenado a 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com a publicação, as informações e os documentos apresentados por ele têm força suficiente para provocar a abertura de novos inquéritos, operações e prisões. O ex-ministro deve detalhar os casos de corrupção nos quais esteve envolvido, novamente expondo Lula.
Em depoimento ao juiz Sergio Moro, em setembro 2017, ele já havia dito que o ex-presidente firmou um "pacto de sangue" com o empresário Emílio Odebrecht para citar a relação entre os dois. Segundo a matéria, ele também implicou Dilma, afirmando que, além de ter conhecimento da corrupção no PT, ela foi beneficiária dos acordos ilícitos. Antes de assinar um acordo com a PF, o petista tentou negociar com o Ministério Público Federal (MPF), mas as tratativas não lograram êxito.
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