quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Caso Lucas Dias: mais de 200 pessoas marcham numa súplica silenciosa por paz e Justiça

Dor, lágrimas e revolta marcaram, na tarde desta terça-feira (23), em Itabuna, uma caminhada de familiares, amigos e colegas do personal trainer, Lucas Dias, assassinado na noite da última sexta-feira (19), no bairro de Fátima. Nada de gritos de guerra ou clamores, a súplica por paz e Justiça foi silenciosa, registrada apenas nas camisetas brancas com a foto da vítima estampada, além das faixas e cartazes. Ao fundo, um som triste e melancólico, que retratava bem o momento de perca e tristeza. O protesto seguiu pela avenida Cinquentenário e reuniu mais de 200 pessoas. A emoção era evidente no rosto sofrido de todos, sobretudo da família. Lucas foi morto dentro de uma lanchonete. O acusado pelo crime, Felipe Victor Barros, se apresentou ontem (22) e, após negar envolvimento na morte do professor, alegando que estava em Ilhéus na noite do homicídio, foi liberado. No entanto, continua sendo investigado como principal suspeito, podendo ter, a depender do andamento das averiguações, o pedido de prisão solicitado. Os manifestantes não falaram, mas as frases escritas nos cartazes diziam tudo: “Luta por Justiça pela morte de Lucas Dias! Poderia ser qualquer um de nós”. Lucas foi vítima, ao que tudo indica, de crime passional. Felipe, o acusado, é ex-companheiro da namorada do professor. O casal estava junto há apenas quatro meses. Um relacionamento e os planos, quem sabe, de uma vida inteira, foram sepultados na manhã de domingo (20), junto com o corpo de um jovem que abandonou a cidade de Itarantim, onde morava, em busca dos seus sonhos em Itabuna. E estava conseguindo. Era, além de um profissional respeitado, uma pessoa querida e solidária, como declararam os colegas de trabalho. Agora, só nos resta esperar pelo próximo capítulo de mais uma novela da vida real, marcada pelo drama de uma família dilacerada pela violência.

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