quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Termina greve no São Judas, mas hospital ameaça fechar as portas

Os trabalhadores decidiram dar uma trégua nessa assembleia
A greve dos cerca de 100 funcionários do Hospital Psiquiátrico São Judas, em Itabuna, chegou ao fim na manhã de quinta-feira (21), após uma audiência no Ministério Público do Trabalho. O encontro foi mediado pela promotora Jaqueline Coutinho Silva. No entanto, a instituição continua à beira de um colapso. O prefeito Claudevane Leite e o secretário de Saúde, Eric Ettinger, convocados pelo MPT, não compareceram à sessão, mas enviaram representantes. O clima durante a reunião foi tenso, principalmente, quando o diretor-médico do São Judas, José Neme, entregou um documento ao governo, impondo uma condição que ameaça o futuro da instituição de saúde. Neme foi categórico: ou a prefeitura contribui com uma contrapartida para os serviços ou o hospital será fechado. O médico ainda queixou-se de atrasos no repasse, pelo município, da verba de aproximadamente R$ 260 mil, enviada mensalmente pelo Ministério da Saúde. Estes recursos, de acordo com o Sintesi (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região), não cobrem as despesas totais da instituição, que, além dos débitos internos com os trabalhadores, deve a fornecedores. "Sem falar em pendências trabalhistas com FGTS e INSS", acrescentou João Evangelista, diretor de coordenação do Sintesi, em entrevista ao Diário Bahia. O sindicalista mostrou-se bastante preocupado com a ameaça de fechamento. "Esse é o único hospital psiquiátrico da região. Caso ele feche, o governo terá que arranjar outro local para abrigar os pacientes", observou. O São Judas acolhe, atualmente, 160 internos, não só de Itabuna, como de cidades vizinhas. http://www.diariobahia.com.br

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