domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cenários baianos tomam conta da Sapucaí no domingo de Carnaval

Boneco de Jorge Amado na entrada da quadra da Imperatriz
Após quase um ano de trabalho, isopor, papel, fibra, gesso, tinta, tecido e adornos foram transformados em estruturas que retratam a Bahia. Com pelo menos 90% do Carnaval pronto, além de muito samba nos ensaios, concluir detalhes é só o que resta às escolas de samba do Rio de Janeiro que homenageiam o Estado neste ano.
Nos barracões da Portela e da Imperatriz Leopoldinense, os próximos dias são de arremates, pinturas, finalização de roupas, adereços e carros alegóricos. No galpão da Portela, o carro Canto da Cidade estampa as cores do Olodum e reproduz a escadaria da Igreja do Santíssimo Sacramento (cenário de O Pagador de Promessas).
As esculturas dos orixás dividem espaço com a águia, símbolo da Portela. Sem falar da Igreja de São Francisco e do abre-alas “Dá licença de rezar para o Senhor do Bonfim”, réplica do templo com seu gradil onde serão colocadas 60 mil fitinhas. Sem esquecer as quartinhas brancas e douradas com a água de cheiro.
No Canto da Cidade, Daniela Mercury estará acompanhada por 30 percussionistas. Além dela, estarão em destaque o Balé Folclórico da Bahia (com coreografia específica), Nelson Rufino e Carla Visi. Já Gilberto Gil será transformado na escultura de um sanfoneiro e os Filhos de Gandhy serão homenageados pela bateria.

Enredo - Ambas as agremiações prometem um passeio pela história das festas populares do Estado e pela Bahia de Jorge Amado. “Começamos com a Portela indo para a Bahia, tendo Clara Nunes (representada por Vanessa da Mata) como anfitriã. Agrupamos as festas populares do Estado. Ao final, a Portela volta e se reconhece tão festeira quanto a Bahia. É quando a Velha Guarda vem com as esculturas dos orixás do Dique como nossa referência de ancestralidade”, ilustrou Menezes. Os demais carros lembram divindades das águas, Iansã, o samba, a Festa São João e outros.

Na Imperatriz, o desafio foi condensar a vida de Jorge Amado e sua relação com a Bahia. “Trabalhamos muito para conseguir fazer essa síntese. Temos duas sobre o período político do escritor, uma sobre a Academia Brasileira de Letras e não deixaremos de homenagear grupos como Ilê Aiyê, Olodum e Filhos de Gandhy.

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