Chamo de transtorno urbano, a toda intervenção na cidade que prejudica parte ou toda sua população, quer agredindo paisagem, meio ambiente, quer alterando o fluxo normal do trânsito, além de outros que venham causar lesão ao bem público. Exemplos são conhecidos e gritantes quando nos deparamos com fotos de Itabuna. Quem dos mais antigos moradores dessa cidade não se lembra da Praça Otávio Mangabeira, mais conhecida como Camacã? Está agregada ao patrimônio e camelôs, churrasqueiros, pipoqueiros e até um ônibus de uma pizzaria já toma conta de parte do espaço. Aliás, diga-se de passagem, que a ocupação predatória da referida praça se deu em cima de outra intervenção, justamente para acabar com sua favelização. E a Praça dos Capuchinhos, no bairro Conceição? Praça principal do bairro Santo Antonio? Praça da Califórnia, São Caetano, Lomanto...? Perguntem aos aficionados da cerveja que lá se deliciam como elas se encontram. Mesas e cadeiras tomam conta de tudo. A disposição de oferecer favores permite, por exemplo, transformações de barracas de lanches em construções permanentes com acabamentos dignos dos melhores restaurantes de Itabuna. Não se pode calar diante da absurda criação de uma favela na Praça Simão Fittman, no São Caetano. Quem é o responsável por tal favelização de uma praça tão importante e conhecida pelos itabunenses? Atualmente os transeuntes e proprietários de lojas estabelecidas ao redor desta praça, observam o quanto o espaço foi transformado em “Zona de Risco” para toda a comunidade e lamentam o descaso com que nossas autoridades tratam nossas praças.
http://valcabral.blogspot.com
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