terça-feira, 4 de outubro de 2011

Banco do Brasil substitui Caixa no ‘Minha Casa Minha Vida "

O Banco do Brasil vai substituir a Caixa Econômica Federal na gestão dos novos contratos do “Minha Casa Minha Vida”. A mudança determinada pela presidente Dilma Roussef se estende a qualquer programa oficial criado a partir de agora que envolva recursos da União e precise de um banco público.
O Banco do Brasil, entretanto, segundo o jornal Folha de São Paulo, avisou que ainda não está preparado para assumir integralmente essa tarefa. Faltam ao banco, principalmente, equipes de engenharia e de fiscalização em todo o país. Mas o BB terá de acelerar seus planos, pois já está em negociação com o Ministério das Cidades para administrar obras na área de habitação.
As dificuldades da Caixa em cumprir prazos de liberação de recursos e fiscalizar de forma adequada as obras públicas motivaram a medida do governo federal. A Caixa, no entanto, vai continuar administrando os contratos em vigor.
A avaliação no Palácio do Planalto é que a Caixa está sobrecarregada. Por isso, a orientação da presidente para que não seja atribuído "mais nada" à instituição. Por outro lado, o trabalho da Caixa está sendo considerado malfeito pelos ministérios e vem gerando problemas com os órgãos de controle.
Responsável pelo gerenciamento da verba orçamentária para 18 ministérios e estatais, a Caixa está diretamente envolvida nas análises para aprovação de projetos e no acompanhamento de obras prioritárias para o governo, como as do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e de construção de moradias populares.
Numa fiscalização em 34 obras do Ministério das Cidades, que somam R$ 1,1 bilhão, feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no ano passado, o órgão encontrou irregularidades graves em todas, grande parte delas atribuídas à própria Caixa. Em 28 casos, a CEF aprovou as obras com projetos básicos deficientes, segundo o órgão. Em 23, a execução das obras tinha problemas, com indícios de sobrepreço.

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