quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Justiça Eleitoral condena casal Garotinho por abuso de poder

A juíza Gracia Cristina Moreira do Rosário, da 100ª ZE (Zona Eleitoral) de Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, determinou a cassação da prefeita do município, Rosinha Garotinho (PR), nesta quarta-feira (28), e de seu vice Francisco Arthur de Souza Oliveira. Eles ficam inelegíveis por três anos, a contar da Eleição de 2008. Também foram condenados no processo por abuso de poder econômico em razão de uso indevido de veículo de comunicação social, o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e três radialistas. A sentença deve ser publicada nesta quinta-feira (29) quando começa a contar os três dias de prazo para recurso ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro
Rosinha e o vice foram julgados por abuso do poder econômico porque teriam sido beneficiados por práticas panfletárias da rádio e do jornal do grupo O Diário, durante a campanha eleitoral em 2008.
A juíza entendeu que a prefeita e o vice eleitos foram beneficiados por propaganda eleitoral irregular veiculada em meio de comunicação do grupo O Diário. Os radialistas teriam utilizado o espaço concedido por meio dos programas em que atuam ou são dirigidos por Anthony Garotinho para promover a candidatura de Rosinha.
O cartório da 100ª ZE informou que já encaminhou a decisão da justiça à Câmara de Vereadores do município, para que o presidente da Casa, Nelson Nahim (PR), assuma a prefeitura assim que sentença for publicada no "Diário Oficial" do Tribunal de Justiça do Rio. A expectativa é que a publicação aconteça nesta quinta-feira (29).
No plenário da Câmara, Garotinho disse que o conteúdo veiculado na rádio foi uma entrevista com uma pré-candidata à prefeitura e que não foi má-fé. Para ele não há motivo para cassação.
- Eu fiz com ela uma entrevista de rádio, eu na condição de radialista e ela na condição de pré-candidata a prefeita. O máximo que poderia haver era uma multa.
A prefeita deu entrevista às rádios locais e disse que se sente perseguida e que não vai sair da prefeitura.
- Os secretários vão ficar acampados na prefeitura. Fui injustiçada. A única coisa que fiz foi dar uma entrevista. Essa nota [oficial] do TRE é tendenciosa. Só saio daqui presa.
O secretário-geral do PR no Rio, Fernando Peregrino, disse que o partido fará uma mobilização para entrar com recursos da decisão em todas as instâncias.
- Essa sentença é uma violência para a democracia e o voto popular.

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