Promotores e procuradores que têm por dever fiscalizar o cumprimento das leis estão se valendo de legislação que eles mesmos criaram, e só eles podem mudar, para engordar os próprios salários. Documentos revelam que pelo menos 950 promotores e procuradores do país, inclusive aposentados, recebem mensalmente uma espécie de "bolsa-aluguel". O auxílio-moradia deveria ser temporário, mas é pago a todos os membros do Ministério Público de pelo menos cinco Estados: Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Santa Catarina. No total, são gastos de, no mínimo, R$ 40 milhões por ano com a despesa dos promotores, cujos salários vão de R$ 15 mil a R$ 24 mil. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu investigação em fevereiro e, passados dois meses, os dados coletados mostram que a remuneração incorporada com o auxílio-moradia vai de R$ 2 mil a R$ 4,8 mil, e, em muitos casos, ultrapassam o teto constitucional de R$ 26,7 mil. Informações do Estadão.
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