terça-feira, 17 de maio de 2011

Procurador tem pressa na demissão de promotora ligada ao mensalão do DEM

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (17) que quer agilizar o processo que pode resultar na demissão da promotora Deborah Guerner e do ex-chefe do Ministério Público do Distrito Federal, Leonardo Bandarra.
- Vou apresentar o pedido o mais rápido possível.
Apesar da decisão do CNPM (Conselho Nacional do Ministério Público), a demissão de Bandarra e Guerner não é sumária. Como a carreira no Ministério Público é vitalícia, um integrante do órgão só pode ser demitido por decisão judicial. Na prática, a PGR (Procuradoria Geral da República) precisa apresentar uma ação à Justiça requerendo a expulsão dos dois dos quadros do funcionalismo público.
Enquanto aguardam a decisão da Justiça sobre o desligamento do MP, os acusados não poderão exercer a função e não receberão salário.
No julgamento de hoje, nove conselheiros defenderam a condenação de Bandarra e Guerner. Apenas o conselheiro Achiles Siquara, que havia pedido vista no julgamento anterior, realizado em 6 de abril, votou pela absolvição do ex-procurador e pela demissão da promotora.
Os dois foram considerados culpados por cobrarem propina do ex-governador José Roberto Arruda e por vazarem informações sobre a Operação Megabyte, que culminou no chamado mensalão do DEM, em 2009.
O escândalo foi resultado da investigação da PF de um suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina comandado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e que envolveu políticos aliados – entre eles deputados distritais. À época, o governador, embora negasse envolvimento, chegou a ser preso e renunciou ao cargo.

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