Tenho insistido nos meus escritos e nas discussões acadêmicas, que a educação foi e continua sendo o único instrumento de formação de uma sociedade. Arrisco-me a dizer que ela é mais importante do que qualquer objetos de valoração do cidadão e cidadã.
Nada deve ser comparada a obtenção do conhecimento e da informação. Este é um bem maior, único e indivisível que, desgraçadamente, ainda é um privilégio de poucos, apesar dos avanços da tecnologia da informação.
Faz parte dos discursos, slogans e das plataformas políticas dos candidatos em qualquer nível de disputa a atenção, em caráter prioritário, na educação, entretanto, se planeja pouco e se executa quase nada. Os exemplos são gritantes no cenário nacional e, em especial, na Bahia.
Os investimentos em ensino, pesquisa, extensão, infra-estrutura predial, em professores e em livros são ínfimos além de mal aplicados. Daí as estatísticas vergonhosas nos âmbitos nacionais e internacionais colocarem o Brasil nos últimos lugares em qualidade de ensino.
Precisamos combater o jeitinho, o apadrinhamento, o paternalismo e a total falta de ética de vários setores da nossa sociedade. Precisamos combater, sem trégua, o nepotismo. O Estado não pertence a grupos, ele pertence ao povo, para dele gozar de direitos, deveres e obrigações, próprios do processo de redemocratização experimentado pelo país, mas que, infelizmente, ainda não alcançou a educação.
Precisamos valorizar os bons profissionais, fortalecer a ética, a moral e a honestidade. Precisamos em síntese reconhecer o esforço de quem “vestiu e suou a camisa” para conseguir e concluir o curso universitário.
Apesar de considerar o nosso maior patrimônio a educação ainda não é percebida como projeto estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto, cada um com sua forma de contribuição, temos que continuar reivindicando, lutando e renovando nossos instrumentos de luta na busca desse desiderato, inclusive com a participação efetiva das famílias dos nossos alunos.
Cada pai e mãe, ou aqueles que desempenharem essa missão, é parte importante na formação educacional de um cidadão, notadamente diante do cenário acima citado.
Meu conselho é que não devemos baixar “a guarda” e seguir em frente de cabeça sempre erguida e combatendo os que atentem contra o bem estar e a qualidade da educação e de vida da sociedade como um todo.
A educação superior carrega a esperança de milhares de jovens excluídos que não possuem nenhuma expectativa profissional, pois o desemprego estrutural e o subemprego transformam seus sonhos em pesadelos.
Vivemos no momento, novos sonhos, que devem ser transformados em ações imediatas, para não repetirmos os erros das gerações anteriores a nossa, notadamente no campo político. Mudança Já!!!
Por isso digo e repito: Tudo começa e termina na educação. A educação é o melhor “colírio” para a “cegueira social”.
Rozilton Sales Ribeiro
Mestre em Administração e Professor da UESC
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