O Colégio Sesquincenteário (Ciso), uma das mais tradicionais instituições de ensino da Bahia, teve que dar aviso prévio a 11 funcionários hoje por causa de um calote do estado. A instituição teria entrado em dificuldades financeiras após a Secretaria Estadual de Educação (SEC) não pagar pelo aluguel de salas de aula, auditório, biblioteca, ginásio de esporte e parque aquático.
O PIMENTA entrou em contato com a direção do Ciso. Marcos Brandão confirmou a dívida, mas disse que preferia negociar com o estado a falar sobre o calote nesse momento. Ele, no entanto, afirmou que o atraso de cinco meses gerou estrangulamento financeiro do colégio e a necessidade de demitir funcionários, principalmente da parte de apoio.
A escola deu aviso prévio a 11 funcionários contratados para manutenção das instalações e atenção aos 2.790 alunos da rede estadual. O repasse mensal do estado era destinado ao pagamento dos funcionários. “Tive que dar aviso prévio”, afirma Marcos Brandão, sem, no entanto, querer se aprofundar no assunto.
Conforme este blog apurou, estado e direção do Ciso mantinham uma parceria de quase 30 anos. O repasse pelo uso da estrutura física era feito nos últimos cinco anos, mas “travou” no início de 2011.
Nos 25 anos iniciais do contrato a escola oferecia a estrutura e o estado, apenas os professores. A dívida alcança R$ 50 mil. O colégio foi fundado há 48 anos por Josué Brandão e sempre foi referência tanto no ensino como na revelação de talentos no esporte. Há vários anos a estrutura é dividida entre Ciso Particular, Ciso Estadual e Municipal.
A Secretaria Estadual de Educação (SEC) informou a renovação do contrato depende da palavra final da equipe de engenharia civil, que vistoriou a estrutura física de toda a escola. Foram duas vistorias feitas neste ano. A primeira não recomendou a renovação de contrato. O parecer da última deverá ser entregue nos próximos dias.
Ao PIMENTA, a SEC não reconheceu que haja calote por parte do estado, pois a pendência ocorre devido a problemas estruturais da escola. A escola será indenizada pelo uso do espaço físico nestes cinco meses.

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