segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Além de Palocci, PF prende ex-chefe de gabinete e ex-assessor do petista

Foto: Geraldo Magela / Agência Senado | Agência Brasil
Os outros dois alvos de prisão na 35ª fase da Operação Lava Jato, além do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, são dois nomes ligados ao petista. Juscelino Dourado foi chefe de gabinete de Palocci no Ministério da Fazenda, e Branislav Kontic foi assessor do ex-ministro na Casa Civil. A nova etapa foi batizada de Operação Omertà, em menção ao código de silêncio da máfia italiana – “Italiano” era o codinome usado pela construtora Odebrecht para se referir a Palocci e também havia uma espécie de pacto de silêncio dentro do Departamento de Operações Estruturadas da empresa, que foi quebrado, permitindo o avanço das investigações. 

A ação desta segunda apura relações entre Palocci e a companhia. "Há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o poder público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", afirma a PF. 

As investigações indicam que entre as negociações realizadas, estão tratativas entre o grupo Odebrecht e o ex-ministro para tentar aprovar o projeto de lei de conversão da MP 460/2009, que acabaria concedendo “imensos” benefícios fiscais à construtora, além do aumento da linha de crédito junto ao BNDES para a atuação em país africano com a qual a empresa tinha relações comerciais. A apuração também se refere a interferência em licitações da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal.

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